Minha história
Psicanalista com foco em relacionamento, minha trajetória começou com o desejo de entender melhor os complexos laços que unem as pessoas. Desde o início de minha formação, percebi que as relações interpessoais eram o centro das minhas inquietações e o ponto de maior interesse para o trabalho terapêutico. A maneira como os indivíduos se conectam, se comunicam, se amam ou se afastam sempre me fascinou, e foi esse fascínio que me levou à psicanálise.
Ao longo dos anos, fui me aprofundando no estudo das dinâmicas emocionais e dos processos inconscientes que moldam nossos comportamentos nas relações afetivas. Com o tempo, percebi que muitos dos meus pacientes procuravam ajuda para lidar com questões relacionadas a suas relações interpessoais: sejam elas com parceiros, familiares ou amigos. As dificuldades em estabelecer vínculos saudáveis, a dificuldade em expressar sentimentos ou até a repetição de padrões destrutivos de relacionamento se tornaram questões centrais em minha prática.
A psicanálise me proporcionou ferramentas essenciais para compreender os conflitos internos que muitas vezes sabotam as relações. O processo terapêutico, por meio do livre-associar e da análise do inconsciente, possibilita que os pacientes identifiquem os bloqueios emocionais e padrões de comportamento que influenciam suas interações com os outros. Dessa forma, pude ajudar muitas pessoas a quebrarem ciclos prejudiciais e a se tornarem mais conscientes das suas necessidades e limites dentro de seus relacionamentos.
O que mais me encanta nesse trabalho é a possibilidade de ver transformações concretas: seja na forma como meus pacientes se relacionam com seus parceiros, ou mesmo na maneira como lidam com a família e amigos. O psicanalista, para mim, é aquele que escuta com empatia e se permite conduzir o paciente a um autoconhecimento profundo. Esse autoconhecimento é muitas vezes a chave para uma mudança significativa nos padrões de relacionamento.
O foco em relacionamentos na minha prática clínica também me levou a refletir sobre as relações profissionais, sociais e culturais. Afinal, como nos conectamos uns com os outros é um reflexo de como nos vemos e nos sentimos. A psicanálise, ao iluminar as dinâmicas inconscientes que operam em nossos comportamentos, oferece uma oportunidade única para que possamos criar vínculos mais saudáveis e autênticos.
Ser psicanalista com foco em relacionamento é, para mim, mais do que um trabalho: é uma missão de ajudar os outros a entenderem suas emoções, superarem suas dificuldades e encontrarem formas mais profundas de se relacionar com o mundo e com si mesmos. Cada história que ouço e cada caminho terapêutico que percorro são uma nova oportunidade de aprender e crescer. E assim, sigo no compromisso de oferecer, a cada paciente, um espaço de acolhimento, escuta e transformação.
Minha Abordagem
Minha abordagem terapêutica é profundamente influenciada pela psicanálise, com foco nas dinâmicas de relacionamento e nos processos inconscientes que moldam nossos vínculos. Sigmund Freud, com sua teoria sobre o inconsciente, mostrou como os conflitos e desejos reprimidos influenciam nossas relações. Utilizo técnicas como a livre-associação e a interpretação dos sonhos para ajudar os pacientes a acessarem essas questões profundas que impactam seus comportamentos e sentimentos nos relacionamentos.
Além da teoria freudiana, incorporo as ideias de Carl Jung, especialmente seus arquétipos, que são imagens e padrões universais presentes no inconsciente coletivo. Entre os arquétipos mais importantes, destaco o *Herói, que representa a busca por autoconhecimento e superação de desafios, o **Ancião Sábio, que simboliza a sabedoria interior, e a **Sombra*, que reúne os aspectos reprimidos e negados da psique. A integração da sombra, em particular, é essencial para melhorar nossos relacionamentos, pois muitas vezes projetamos esses aspectos em outras pessoas.
Ao integrar essas duas abordagens, trabalho para que meus pacientes compreendam e integrem esses arquétipos e processos inconscientes, o que permite a criação de relações mais saudáveis e autênticas. A exploração dessas dimensões inconscientes oferece uma oportunidade profunda de transformação, não apenas no âmbito pessoal, mas também nas interações com os outros.